A Associação Almirante Prado Maia tem suas raízes no sucesso das políticas do pessoal militar da Marinha, adotadas a partir de 1938, quando foi criado o Quadro de Oficiais Auxiliares (QOAM), composto pelo Quadro de Oficiais Auxiliares da Armada e Quadro de Oficiais Auxiliares do Corpo de Fuzileiros Navais.
Naquela época a Marinha preparava-se para uma possível segunda guerra mundial e a cada ano perdia um grande número de experientes profissionais que, como suboficiais e sargentos com o tempo de serviço ativo completo, pediam transferência para a reserva por falta de perspectiva na carreira.
A abertura das portas do oficialato às praças atenuava o problema, além de fazer justiça, permitindo ascensão profissional e social àqueles sargentos e suboficiais que se destacavam entre seus pares, quer como militares, quer como profissionais.
Ao longo dos anos, a importância desses quadros foi aumentando. Ao serem criados, a carreira nesses quadros terminava no posto de Capitão-Tenente. Posteriormente passou a encerrar-se como Capitão-de-Fragata e, em 1985, na gestão do Almirante Henrique Sabóia como Ministro da Marinha, passou a terminar no posto de Capitão de Mar-e-Guerra.
Em 1985, Oficiais que se destacavam nesses quadros, entre eles Iso Juraci de Melo, Francisco Alves Noga, Zacarias José de Santana e Melquíades Alves Pinto uniram-se em torno da ideia de criar uma associação que agremiasse esses oficiais e suas famílias. Surgia assim a Associação das Turmas de Oficiais Almirante João do Prado Maia, registrada no cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas com esse nome e com o nome fantasia de Comissão de Relações Públicas do Quadro de Oficiais Auxiliares da Marinha Almirante Prado Maia (CRPAPM). O nome ‘comissão’ explica o cuidado dos fundadores da agremiação para não suscitar insinuações de vínculo com uma associação de marinheiros já extinta.
O primeiro presidente da associação ou comissão foi o Capitão-de- Fragata (AA) Iso Juraci de Melo, lotado no gabinete do Ministro da Marinha e que seria o primeiro oficial a ser promovido ao posto de Capitão de Mar-e-Guerra.
Em 1997, a entidade estava com 12 anos quando a Marinha promoveu uma reestruturação em seus corpos e quadros, que resultou na criação de um novo Corpo de Oficiais, o CAM – Corpo de Oficiais Auxiliares da Marinha. Neste corpo foram incluídos: o quadro de Oficiais Auxiliares da Armada; o Quadro de Oficiais Auxiliares do CFN; o Quadro Técnico e o Quadro de Capelães Navais.
Além disso, a medida limitou a carreira de Oficial Auxiliar ao posto de Capitão-Tenente, tornando compulsória, a partir dessa reestruturação de 1997, a passagem dos Capitães-Tenentes Auxiliares promovidos para o Quadro Técnico. Dessa forma, um oficial, ex-marinheiro ou ex-fuzileiro naval, ao ser promovido a Capitão-de-Corveta, deixa compulsoriamente o Quadro de Oficiais Auxiliares e passa para o Quadro Técnico.
Essa nova realidade, não desejada por aqueles oficiais já pertencentes aos quadros afetados, minimizou deveras a importância dos quadros de Oficiais Auxiliares e comprometeu as expectativas positivas pertinentes ao futuro de uma entidade cujo corpo social tinha apoio exclusivo nos Oficiais Auxiliares. A reestruturação de 1997 fez mais. Nas entrelinhas da norma, promoveu o Quadro Técnico à condição de quadro mais importante dentro do Corpo Auxiliar da Marinha.
No final de 2017, já estava decidido pela alta administração naval a volta da situação dos oficiais auxiliares da Armada e do CFN ao status perdido com a reforma de 1997.
Quando em 2003 o CC (AA-Refº) José Alves de França assumiu a presidência da associação, criada em 1985, entendeu ser mister adaptar o estatuto a essa nova realidade. O empenho de sua diretoria na tarefa levou à aprovação, em julho de 2005, de um novo estatuto, que considerou o Corpo Auxiliar da Marinha e não apenas os quadros de Oficiais Auxiliares como fonte supridora do corpo social da Aprama. Esta sigla que aparece no novo estatuto veio para substituir o nome fantasia de Comissão e as siglas CRPAPM e ATOAJPM que eram usadas pela entidade.
O novo estatuto criou também a figura do sócio especial, com o objetivo de permitir a filiação de viúvas de sócios, oficiais dos demais corpos e quadros da Marinha, militares outros e civis assemelhados. Foi essa inovação que permitiu a filiação de dois netos do patrono da Aprama: um militar da Marinha, Almirante João Afonso Prado Maia de Faria, e um civil, o empresário Márcio Prado Maia .
Como fruto do novo estatuto a curva decrescente do número de sócios da entidade, que se observava até sua entrada em vigor, se inverteu.
Nova revisão estatutária ocorreu em 2017, quando era presidente da Aprama o CF (RM-1) João Abrahão da Silva. Para conhecimento, acesse neste site o link ‘Estatuto’.